Edição: 1
Editora: DarkSide Books
ISBN: 9788594540133
Ano: 2016
Páginas: 560
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Sinopse: O assassinato do casal Richthofen e de Isabella Nardoni foram reunidos em um só livro e trazem novos detalhes observados por quem estava nos bastidores. A criminóloga Ilana Casoy, em CASOS DE FAMÍLIA: ARQUIVOS RICHTHOFEN E ARQUIVOS NARDONI, abre pela primeira vez seus cadernos de anotações utilizados durante a pesquisa na Polícia Civil, Científica e Ministério Público dos dois crimes, tudo isso com a qualidade quase psicopata de edição, uma marca registrada de todos os títulos da DarkSide® Books.
A pedido da editora, Ilana Casoy mergulhou em suas anotações particulares que está de volta com mais uma luxuosa reedição de suas obras, incluindo os inéditos fac-símiles de seus cadernos secretos. Primeira autora nacional da DarkSide®, Ilana traz para seus leitores o mistério desvendado de comentários originais dela mesma no desenrolar dos acontecimentos e descobertas. Além de acompanhar passo a passo o rumo das investigações e julgamento dos assassinos que romperam a linha da lei e do sagrado, os sentimentos e dúvidas da autora ficam agora expostos ao público.
Em “Arquivos Richthofen” o leitor vai acompanhar o comportamento dos três assassinos — as contradições e os erros decisivos; a distância de Suzane ao relatar os fatos, o descontrole de seu namorado Daniel na reprodução simulada do crime, os depoimentos e técnicas de investigação da polícia, dos médicos legistas, peritos e especialistas, que não deixaram outra alternativa aos culpados que confessar os assassinatos brutais. A grande novidade fica por conta da transcrição inédita do emblemático debate entre acusação e defesa, com o objetivo de oferecer os detalhes do julgamento nunca publicados.
Em “Arquivos Nardoni” o mergulho é em um dos casos criminais mais polêmicos já ocorridos no Brasil, que contou com um qualificado trabalho da polícia técnico-científica — única “testemunha” do crime. Ilana reconstrói os cinco dias do julgamento de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella de Oliveira Nardoni, condenados pelo assassinato dela. A autora foi colaboradora do Ministério Público, que, com a ausência da confissão dos réus, trabalhou com provas periciais irrefutáveis para confrontar a versão do casal no tribunal do júri.
Tenho esse livro a muito tempo na minha estante, foi indicação de uma amiga blogueira. Comprei achando que o leria logo, o que obviamente, não aconteceu. Acabou que a curiosidade me assolou depois de assistir aos filmes "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou meus Pais", lançamentos desse ano pela Amazon Prime. Nessa resenha, falo somente do caso Richthofen, pois ainda não li o caso Nardoni. Quando o fizer, venho aqui contar para vcs em outra resenha, ok?
Quando os assassinatos ocorreram, eu tinha 17 anos. Acompanhei parcialmente o que acontecia pela TV, o que não foi muito. Após assistir aos filmes e ler o livro, o que eu sabia não era nada comparado as informações que encontrei neles.
Acredito que todos tenham visto a entrevista que Suzane deu para o Fantástico onde foi pego pelo microfone o advogado orientando-a a mentir. E a entrevista para o Gugu? Quem lembra? A menininha frágil, com roupinha de criança, chorando e jogando a culpa no namorado.... Pois é. Neste livro, vemos claramente a pessoa fria que Suzane é. Eu fiquei realmente assustada.
Não estou tirando a culpa das costas de Daniel e Cristian, ambos sabem o que fizeram e o porque de terem feito.
"Enquanto os bastões desciam ininterruptamente, sangue e pedaços de massa encefálica se espalhavam pela cabeceira da cama a cada osso esfacelado, a cada corte aberto. Respingos vermelhos manchavam o teto sempre que a arma era novamente erguida. O som das pancadas preenchia o enorme silêncio que envolvia a casa naquele momento."
Ilana amarra todos os acontecimentos, desde o princípio. O livro trás fotos da reconstituição, cópia dos laudos do IML, cópia Integra da Denúncia, cópia dos depoimentos, transcrição dos debates no tribunal do júri e cópias dos cadernos onde Ilana fazia suas anotações.
A escrita da autora é maravilhosa, pareceu-me que eu estava lendo um thriller policial, me senti prendida do começo ao fim. Fiquei um pouco desatenta quando começaram os debates, pois as transcrições não foram editadas, o que deixa essa parte bem enfadonha para se ler.
"Para o psiquiatra, se esse fosse o caso, a assassina teria personalidade deturpada, do tipo "condutopata", e a motivação seria financeira. Demoraria bastante para contar o que de fato ocorrera, pois esse tipo de criminoso não abre a boca fácil, mas, uma vez que começasse, contaria tudo em detalhes. Esse tipo de personalidade tem como características distanciar-se da realidade, saber manipular as pessoas ao redor e ser desprovida de emoção."
O trabalho da polícia em geral foi incrível. Claro que só de olhar, já desconfiariam da filha do casal por sua frieza, mas o trabalho todo implantado, a denúncia, os depoimentos, a confissão dos réus, tudo o que a polícia fez foi impecável. Quem dera fosse sempre assim, não é mesmo?
Ilana este por dentro de tudo o que ocorria, descreveu com profundidade e conhecimento cada passo dado pela polícia. Esteve na reconstituição do crime, participou dos depoimentos, esteve presente nos dias do julgamento e no tribunal. Ela nos trás tudo o que conseguiu reunir, faz um apanhado de documentos se transformar em um livro cheio de respostas que a maioria do povo não sabia.
"Era a primeira vez que eu estava cara a cara com uma pessoa que havia matado alguém. Meus sentimentos eram, no mínimo, estranhos. Ver os assassinos na telinha é uma coisa rápida, distante. Assim fica fácil ter raiva, achar que ele é diferente, não é humano. Ali, naquela sala, Cristian era um rapaz normal, desses que a gente encontra milhares de vezes por dia, por aí. Nada na sua aparência indicava que ele era um assassino."
Eu gostei muito da leitura. Indico demais para quem quer saber mais sobre o caso e para quem ainda não conhece o trabalho da autora. Vale muito a pena investir nesse livro também. A edição está linda, trás muita informação e documentos que, como pessoas comuns, não temos acesso livremente.
Sobre a autora:
Ilana Casoy já publicou outros livros sobre crimes que ficaram famosos no Brasil, como A Prova é a Testemunha, relato inédito do Caso Nardoni, e O Quinto Mandamento – Caso de Polícia, sobre o assassinato do casal Richthofen, reunidos pela DarkSide® Books no livro Casos de Família.
Colaborou com o site do canal Investigação Discovery entre 2012 e 2013. A especialista em crimes – que já fez um estágio na polícia científica, quando acompanhou a perícia de homicídios – participou, a convite da Fox Brasil, da criação de um perfil do psicopata Dexter Morgan, anti-herói e protagonista da série que leva o seu nome e que se tornou uma das mais cultuadas dos últimos anos.
Casoy atuou também como colaboradora da série escrita por Gloria Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho, Dupla Identidade (2014), exibida pela Rede Globo. Bruno Gagliasso interpretou um serial killer inspirado em Ted Bundy, cujo perfil é dissecado em Serial Killers: Louco ou Cruel? A série contou ainda com Luana Piovani no papel de uma policial e psicóloga forense, especialista em caçar serial killers. Saiba mais em serialkiller.com.br
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