Resenha: O Exorcista - William Peter Blatty

28 agosto 2021

Edição: 2
Editora: HarperCollins
ISBN: 9788595086234
Ano: 2019
Páginas: 336
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Sinopse: Um clássico do terror com mais de 13 milhões de exemplares vendidos. Uma obra que mudou a cultura pop para sempre, O exorcista é o livro que deu origem ao maior filme de terror do século XX. Quatro décadas após chocar o mundo inteiro, a obra-prima de William Peter Blatty permanece uma metáfora moderna do combate entre o sagrado e o profano, em um dos romances mais macabros já escritos.. O mal assume várias formas. Seja com monstros, fantasmas ou demônios, tanto a literatura quanto o cinema sempre foram bem-sucedidos em representar a essência do nosso lado mais reprovável. O exorcista, no entanto, conseguiu superar qualquer outra obra do gênero. Inspirado no caso real do exorcismo de um adolescente, o escritor William Peter Blatty publicou em 1971 a perturbadora história de Chris MacNeil, uma atriz que sofre com inesperadas mudanças no comportamento da filha de 11 anos, Regan. Quando todos os esforços da ciência para descobrir o que há de errado com a menina falham e uma personalidade demoníaca parece vir à tona, Chris busca a ajuda da Igreja para tentar livrar a filha do que parece ser um raro caso de possessão. Cabe a Damien Karras, um padre da universidade de Georgetown, salvar a alma de Regan e ao mesmo tempo tentar restabelecer a própria fé, abalada desde a morte da mãe. Neste livro, Blatty conseguiu dar ao demônio a sua face mais revoltante: a corrupção de uma alma inocente. A menina Regan é, ao mesmo tempo, o mal e sua vítima. Ela recebe a pena e a revolta de leitores e espectadores em doses equivalentes e, mesmo quarenta anos depois, seu sofrimento e o abismo entre o que ela era e o que se torna continuam nos atormentando a cada página, a cada cena. Um clássico do terror que se mantém atual como somente os grandes nomes do gênero poderiam criar, O exorcista não se trata apenas de uma simples história sobre o bem contra o mal, ou sobre Deus contra o Demônio, mas também sobre a renovação da fé..


Quem aí se lembra da garotinha que girava a cabeça e assustava todo mundo? O filme "O Exorcista" assustou muita gente, eu era uma criança quando assisti e sempre amei o filme. Mas hoje vim falar sobre o livro de qual esse filme foi adaptado. Tenho o livro faz tempo, e resolvi participar de uma leitura coletiva, aproveitando para tirar o livro da estante, e que história!!! Não encontrei o terror do filme, mas sim uma história de dor e sofrimento, a dor de cada personagem, suas fraquezas. O sofrimento de uma mãe ao ver que ninguém estava disposto a ajudar sua filha que sofria dia após dia. 

"Eles se viraram e olharam para Regan, para as partes brancas de seus olhos que brilhavam assustadoramente à luz fraca da luminária. Ela parecia em coma. Respiração pesada. Imóvel. A sonda nasogástrica levava o Sustagen lentamente para seu estômago."
O sofrimento de um pai que não sabia o que fazer com sua filha, envolvida em drogas e morrendo devagar. O sofrimento de um padre que duvida de sua fé e se culpava pela morte da própria mãe. 
No livro podemos conhecer melhor cada personagem, pois o autor se aprofundou nos sentimentos de cada um.

A leitura fluiu muito bem, apesar de alguns capítulos serem enormes. O livro conta com diálogos muito envolventes, e como tem bastante diálogos a leitura é bem rápida.
Eu não conseguia parar de ler, a cada capítulo ficava mais impactada e com mais raiva do demônio que insistia em maltratar Regan e com muita raiva dos médicos que sempre davam uma resposta idiota para Chris, sua mãe.
"- A porca é minha! - gritou ela, com uma voz rouca e forte. - Ela é minha! Fique longe dela! Ela é minha!
Uma gargalhada alta foi expelida pela sua garganta, então ela caiu de costas como se alguém a tivesse empurrado. Regan ergueu a camisola, expondo a genitália."
Um personagem que comecei odiando e acabei amando foi o detetive Kinderman, um homem que pode ser muito chato, mas que no fim mostrou ter um grande coração. (As meninas da LC discordam disso, mas tudo bem, rs.)
O livro foi baseado em um caso real de possessão, o que faz com que se torne mais triste ainda. E tantas mortes em vão, por algo que decide invadir a vida de alguém e a destruir só para testar sua fé.

Foi uma leitura incrível, que me fez deixar de gostar um pouco do filme, que apresentou todo aquele terror na época.
A edição de capa dura da Harper Collins é simplesmente perfeita com recorte na cor verde, e fonte adequada para uma leitura tranquila.



Sobre o autor:


William Peter Blatty foi um escritor e cineasta americano. O romance O Exorcista, escrito em 1971, é a sua obra mais conhecida; ele também escreveu o roteiro para a adaptação do filme, para o qual ele recebeu o Oscar de melhor roteiro e três Globos de Ouro, e também escreveu e dirigiu O Exorcista III (adaptação do livro Legião).
Os seus trabalhos incluem os romances Elsewhere (2009), Dimiter (2010), e Crazy (2010). Em 2013, Demons Five, Exorcist Nothing: A Fable (1996) e Dimiter (2010) foram re-publicados como edições de revistas com novas capas e ilustrações interiores. Estas edições ficaram limitadas a 250 cópias autografadas. Teve o subtítulo alterado para A Fable to A Hollywood Christmas Carol.




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