Edição: 1
Editora: DarkSide Books
ISBN: 9788594540195
Ano: 2016
Páginas: 240
Editora: DarkSide Books
ISBN: 9788594540195
Ano: 2016
Páginas: 240
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Rô Mierling é gaúcha/brasileira, escritora, roteirista e antologista. Autora de "Contos e Crônicas do Absurdo", “Íntimo e Pessoal”, "Quando as Luzes se Apagam", “Pedaços de Mim”, "Diário de uma Escrava", “Cicatrizes da Escravidão” e muitos outros. Coordenadora em mais de quarenta coletâneas de contos no mais diversos assuntos, entre o dramático e o sinistro, do paranormal ao crime sádico. A autora atua na divulgação e incentivo de leitura e escrita junto a diversos projetos como PEGAÍ. Atualmente está lançando um livro pela Darkside Books e outro pela Editora Abril junto a Revista Mundo Estranho. Colunista nas revistas internacionais Sotaque (Porto/Portugal) e Resonancias (Argentina/França). A autora está escrevendo seu sétimo livro e mora atualmente em Buenos Aires – Argentina.
A escritora recebeu vários prêmios literários e atualmente é coordenadora do grupo literário “Antologias Brasileiras” que tem como missão divulgar o trabalho de escritores brasileiros iniciantes.
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Sinopse: Laura é uma menina sequestrada e jogada no fundo de um buraco por alguém que todos imaginavam ser um bom homem. Ela vê sua vida mudar da noite para o dia, e passa a descrever com detalhes sinistros e íntimos cada dia, cada ato, cada dor que o sequestro e o aprisionamento lhe fazem passar. Estevão é homem casado, trabalhador, pai de família, mas que guarda em seu íntimo uma personalidade psicopata. Ele percorre ruas e cidades se apossando da vida de meninas ainda muito jovens, pois dentro de si uma voz afirma que é dele que elas precisam. Mergulhando fundo nessa fantasia, ele destrói vidas, famílias e sonhos, deixando atrás de si um rastro de dor e morte.
Narrado em parte em forma de diário, o livro acompanha mais de quatro anos da vida de Laura em um buraco embaixo da terra, período em que algo dentro dela também se modifica de uma forma inimaginável em busca da única maneira para sobreviver. Publicado originalmente na plataforma digital Wattpad, onde já teve mais de um milhão e meio de leituras, DIÁRIO DE UMA ESCRAVA apresenta um retrato duro, cruel, abominável, mas infelizmente corriqueiro no Brasil e em todo o mundo.
Através de Laura, raptada ainda adolescente por um homem que ela chama de “Ogro”, a autora denuncia os diversos tipos de violência que muitas mulheres são obrigadas a suportar em silêncio e nas sombras da sociedade. O “Ogro”, um homem aparentemente comum, honesto e “acima de qualquer suspeita”, mantém Laura presa em uma casa afastada, onde abusa dela sexual e mentalmente, alegando ser ela o seu verdadeiro amor. Laura, compreensivelmente, só pensa em escapar dali. Mas agora ele parece estar mudando. Será que é o melhor momento mesmo para fugir?... Bem, isso você vai ter que ler para descobrir.
Não sei nem como começar essa resenha, essa foi uma leitura que doeu muito.
Ouvimos falar sobre síndrome de Estocolmo e ficamos pensando, como pode a pessoa se apaixonar por um monstro, alguém que te faz tão mal, que tomou sua vida.
E conforme acompanhamos a história de Laura vamos percebendo que o psicológico da pessoa fica tão abalado, que nada mais faz sentido; em momento algum Laura passa a ver o sequestrador como um homem bom, mas ela tentou encontrar o melhor caminho para sobreviver cada dia com a esperança de voltar para casa.
Desde o início ela chama o sequestrador de ogro, por tamanha crueldade com a qual ele a trata. O ogro é um homem comum, casado e que trata sua esposa com todo carinho do mundo. É visto como um homem trabalhador, e sério, mas que por dentro é um monstro.
"Como pode um ser que se diz humano, como o Ogro, ter uma esposa, ter uma casa normal e até frequentar uma igreja e, ainda assim, ter dentro de si esse demônio em forma de gente?"
Laura passa os dias presa em um quarto embaixo da terra, sem ver a luz do dia, tendo no quarto uma cama, e dois baldes, para suas necessidades.
Por anos ela vive assim, até que ele começa a procurar outras meninas, e Laura vê ali pouco de alívio, ao mesmo tempo que sofre por saber o que vai acontecer com essas meninas.
O que mais doeu foi ler as cenas em que ele a estupra e tortura, nessas partes eu cheguei a ficar sem ar, interrompendo por vários momentos a leitura. Acredito que o fato de partes da história ser escrito em primeira pessoa em forma de diário, deixa ainda mais doloroso saber o que a personagem sentia nesses momentos terríveis, e também ajuda a entender um pouco o caminho que ela seguiu, ou que ela conseguiu seguir.
No decorrer da história conhecemos um pouco a família de Laura, e sua história. Conhecemos também brevemente a história de algumas meninas que tiveram suas vidas destruídas ou interrompidas pelo Ogro.
"Ele colocou uma coleira de cachorro no meu pescoço, me fez ficar de quatro no chão, tirou as roupas e me estuprou, alí mesmo. Eu não sabia se gritava ou se tentava me transportar mentalmente para fora daquele lugar. Ele me estuprou de novo, e de novo..."
Conhecemos também Daniel, um policial, que realmente não achei que se encaixou na história, foi a única parte que não entendi bem, achei que o personagem ficou sem sentido na história.
Essa não é uma história feliz, pelo contrário, é uma história cruel, e ao ver a notas da autora onde ela diz que se baseou em casos reais de sequestro para escrever a história, entendi que ela quis realmente passar algo que acontece e alertar sobre isso.
"Quantas vezes vamos ao shopping e passamos por um estranho sem sequer imaginar de onde ele veio e para onde ele vai? Cada um, isolado em sua própria vida, seu destino, seus sonhos e pensamentos, não se interrompe para observar ao redor e, quem sabe, ajudar o próximo que pode estar precisando apenas de um olhar."
Então, o que vale aqui é o alerta que o livro traz, pois mostra que o perigo está em vários lugares, até mesmo dentro de casa, e por mais informações que possamos ter nos dias de hoje, o sequestro de crianças e adolescentes é uma realidade, e devemos cuidar de nossos filhos, e orientá-los sempre.
Sobre a autora:
A escritora recebeu vários prêmios literários e atualmente é coordenadora do grupo literário “Antologias Brasileiras” que tem como missão divulgar o trabalho de escritores brasileiros iniciantes.
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