
Editora: Biblioteca Azul
ISBN: 9788525052247
Ano: 2013
Páginas: 216
Tradutor: Cid Knipel
Skoob
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Sinopse: Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra. Agora, o título de Bradbury, que morreu recentemente, em 6 de junho de 2012, ganhou nova edição pela Biblioteca Azul, selo de alta literatura e clássicos da Globo Livros, e atualização para a nova ortografia. A singularidade da obra de Bradbury, se comparada a outras distopias, como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou 1984, de George Orwell, é perceber uma forma muito mais sutil de totalitarismo, uma que não se liga somente aos regimes que tomaram conta da Europa em meados do século passado. Trata-se da “indústria cultural, a sociedade de consumo e seu corolário ético – a moral do senso comum”, segundo as palavras do jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina o prefácio da obra. Graças a esta percepção, Fahrenheit 451 continua uma narrativa atual, alvo de estudos e reflexões constantes. O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos. Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.


Fahrenheit 451 é um dos livros que eu queria muito ler. O comprei em uma promoção junto com outras distopias clássicas e o coitado foi ficando na estante até agora. Graças ao Piquenique Literário, posso dizer que o li mais rápido do que pretendia! rsrsrsrsr
"- Como é que começou? Como é que pensou nisso? Como escolheu esse trabalho? Como chegou a cogitar assumir esse emprego? Você não é como os outros.Eu vi alguns, eu sei. Quando eu falo, você olha pra mim. Ontem à noite, quando eu disse uma coisa sobre a lua, você olhou para a lua. Os outros nunca fariam isso.Os outros continuariam andando e me deixariam falando sozinha. Ou me ameaçariam. Ninguém tem mais tempo para ninguém. Você é um dos poucos que me toleram. É por isso que acho tão estranho você ser bombeiro. É que, de algum modo, não combina com você."A melhor parte de tê-lo lido foi a oportunidade de debatê-lo junto com o grupo, o que abre nossa mente e nos faz enxergar coisas que a gente pode não enxergar durante a leitura.
Confesso que gostei bastante da história mesmo sendo rasa e com pouco desenvolvimento dos personagens. Acredito que esse tenha sido o intuito do autor: Deixá-los rasos, sem aprofundamento nenhum para nos mostrar o que é viver em um mundo onde os livros são proibidos e pensar muito é perigoso.
"Agora eu quero ver tudo. E embora nada do que entrar fará parte de mim quando entrar, após algum tempo tudo se juntará lá dentro e se fundirá em mim. Olhe o mundo lá fora, Deus, meu Deus, olhe lá, fora de mim, para meu rosto, e a única maneira de realmente tocá-lo é colocá-lo onde ele finalmente seja eu, onde ele fique no sangue, onde seja bombeado mil, dez mil vezes por dia".
''O sol ardia todo dia. Queimava o Tempo. O mundo se precipitava num círculo e girava sobre seu eixo e, de qualquer modo, o tempo já estava ocupado queimando os anos e as pessoas sem nenhuma ajuda dele. Assim, se ele queimava coisas com os bombeiros, e se o sol queimava o Tempo, isso significava que tudo queimava.''
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